09/05/2024 19h42 - Atualizado em 09/05/2024 às 19h42
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A cidade de Campos dos Goytacazes tem enfrentado um cenário preocupante nos últimos dias, com a disseminação de informações sobre uma possível escassez de alimentos básicos devido à situação de emergência enfrentada pelo Rio Grande do Sul. No entanto, denúncias recebidas por nossa equipe indicam que alguns empresários proprietários de supermercados locais estão se aproveitando da situação para praticar preços abusivos e limitar a compra por cliente, mesmo sem justificativa para tal medida.
Um denunciante desabafou sobre essa prática oportunista, destacando a fixação de placas com limitações de compra e o aumento dos preços dos itens, mesmo sem qualquer justificativa de aumento nos custos para os comerciantes, que já possuíam os produtos em estoque. Essa conduta tem gerado preocupação e indignação na população, que enfrenta dificuldades financeiras e agora se vê diante de preços ainda mais elevados.
No entanto, o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, assegura que o abastecimento interno de arroz não está comprometido. Segundo ele, apesar das adversidades enfrentadas devido às inundações, 83% da safra já foram colhidos e o restante não deve comprometer significativamente o volume total da produção, que deve superar 7 milhões de toneladas.
Apesar dos desafios logísticos na região central do estado, especialmente nas áreas mais afetadas pelas cheias, as conexões com os grandes centros via BR 101 permanecem normais, garantindo o escoamento da produção para outras regiões do Brasil.
Em contrapartida às práticas oportunistas de alguns varejistas, o supermercado BH de Minas Gerais tranquilizou os clientes em um comunicado, assegurando que não haverá falta de arroz e pedindo que não haja estocagem excessiva em casa, enfatizando que não vendem o produto por atacado.
Enquanto isso, nossa reportagem apurou que oportunistas têm aumentado os preços de diversos outros alimentos, aproveitando-se da grande procura ocasionada pelas notícias de desabastecimento, o que agrava ainda mais a situação de vulnerabilidade da população. Essas práticas devem ser coibidas, garantindo o acesso justo e digno aos alimentos básicos por parte de todos os cidadãos.