Mais uma vez priorizando interesses políticos em detrimento dos anseios da torcida rubro-negra, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, teria negado o pedido do atacante Gabriel Barbosa para usar o microfone em sua despedida oficial no Maracanã.
Segundo matéria publicada pelo jornalista Gilmar Ferreira no Jornal Extra, o ídolo rubro-negro solicitou aos organizadores do evento um microfone para se dirigir aos torcedores e se despedir após seu último jogo com a camisa do Flamengo. Contudo, Landim vetou a ideia, justificando temores de que o momento pudesse ser usado com objetivos políticos, especialmente às vésperas das eleições internas do clube.
A preocupação de Landim é de que Gabigol, em seu discurso, repetisse o tom usado na final da Copa do Brasil, expondo ainda mais a atual gestão. Vale lembrar que, embora uma proposta de renovação tenha sido inicialmente acordada entre o jogador e o clube, ela acabou sendo descumprida pela diretoria. Essa mesma diretoria, em 2022, optou por contratar Paulo Sousa ao invés de recontratar Jorge Jesus, alegando que precisava honrar compromissos firmados.
A saída de Gabigol levanta questionamentos sobre a capacidade do Flamengo de encontrar uma reposição à altura. Com um orçamento limitado, o clube precisará recorrer a soluções "criativas", estratégia que, sob a gestão de Marcos Braz e Bruno Spindel, trouxe resultados duvidosos, como as contratações de treinadores que não atenderam às expectativas, como Domenéc Torrent e Paulo Sousa.
O cenário se agrava ao considerar o histórico recente de decisões equivocadas da diretoria em relação a reposições no elenco. Gabigol, um jogador multicampeão e decisivo, voltou a ser protagonista marcando em momentos cruciais na última Copa do Brasil, mesmo após ter enfrentado queda de rendimento sob técnicos que prejudicaram o desempenho geral do elenco e sofrer retaliações explícitas do ex-treinador Tite.
A postura da gestão Landim deixa dúvidas não apenas sobre o futuro imediato do time, mas também sobre o impacto de decisões que parecem colocar a política acima dos interesses do Flamengo.