Logo após a decisão do pleito eleitoral de 2024, que garantiu a reeleição do prefeito Wladimir Garotinho, diversas operações da Guarda Civil Municipal foram desencadeadas em toda a cidade, com apoio da Polícia Militar. Essas operações têm sido cada vez mais criticadas por moradores, que as acusam de serem uma forma de aumentar a arrecadação, já que se intensificaram desde a instalação do pátio municipal e a licitação de contratações de reboques.
Nesse contexto, um grande número de pessoas tem marcado e enviado mensagens e denúncias ao deputado Felipe Poubel, que ganhou destaque ao combater operações que, segundo ele, são realizadas de forma "irregular" no estado do Rio de Janeiro.
Essa polêmica gerou um intenso embate entre o prefeito e o deputado. Enquanto o deputado critica as operações e levanta suspeitas sobre sua legalidade, o prefeito rebate, fazendo críticas ao parlamentar e afirmando, em seu próprio Instagram, que as blitzs têm como objetivo apenas prender "baderneiros".
No entanto, as operações não se limitam a prender apenas aqueles que o prefeito chama de "baderneiros", como todos os cidadãos que tiveram seus veículos apreendidos ou autuados. Muitas dessas operações ocorrem em pontos da cidade no horário das 18h, justamente quando os trabalhadores, muitas vezes em situação de irregularidade devido a dificuldades financeiras, são atingidos. Esses cidadãos, que lutam para sobreviver em um país com tantos desafios, não merecem ser tratados dessa forma.
Por outro lado, embora lamentável, existe uma irregularidade em muitos casos. Quando as operações estão previstas por lei, dentro das normas e regulamentações estabelecidas, apreensões e autuações podem ser aplicadas.
O que realmente preocupa é a crescente sensação de opressão que muitos cidadãos têm, em um estado onde a justiça, muitas vezes, proíbe a polícia de realizar operações contra o crime, mas permite operações que apreendem veículos por falta de licenciamento.
Que toda essa polêmica sirva para que a população observe atentamente e escolha seus representantes de forma mais consciente, já que novas eleições estão à porta. Se toda essa energia direcionada a trocas de acusações e ofensas fosse canalizada para a busca de soluções, a população certamente sairia ganhando mais. O prefeito chamou sim de "baderneiros", mas em um ponto ele tem razão: parar as blitzs não será a solução definitiva. É necessário criar leis e regulamentações que facilitem a vida do cidadão.
Com a evolução da tecnologia, e a chegada do CRLV-e, que permite até mesmo a regularização de autuações com um prazo para regularização, sob pena de restrições aplicadas ao documento, não seria viável pensar em um parcelamento do IPVA em mais vezes, com aplicação automática de restrições em caso de atrasos? Um verdadeiro parcelamento dos débitos em atraso, permitindo a regularização e a liberação do CRLV-e, para que o cidadão possa circular em conformidade com a lei.
